sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Abordando a Videodança!

Queridos alunos,

De acordo com alguns questionamentos nas nossas últimas aulas, achei este texto sobre videodança  no wikidança, mais precisamente no :  http://wikidanca.net/wiki/index.php/Videodan%C3%A7a  

Pra quem não conhece o wikidança é igual a wikipedia só que de dança.... Um ótimo lugar pra pesquisar sobre tudo que vc tiver curiosidade sobre dança! E está em português!

Mando logo depois do texto, neste post também alguns vídeos que mostrei em aula !


A videodança como linguagem1 surgiu no início dos anos 70. No início, o vídeo associado à dança era uma forma de registro, uma vez que a dança sofre uma dificuldade histórica nesse aspecto. Por ser fruto de uma criação corporal, a dança tem uma premissa presencial muito peculiar, e mesmo o balé clássico que compôs uma gramática própria, ou as notações de Rudolf Laban que também são resultados da tentiva de sistematizar um método de trabalho físico, o desenvolvimento da dança sempre esteve atrelado ao instante do movimento, tornando difícil para os pesquisadores e criadores seu registro pela escrita ou imagem estática. A possibilidade de filmar e reproduzir os movimentos realizados por bailarinos trouxe, num primeiro momento, a inovação do estudo técnico da dança, expansão e repetição do conhecimento dessa área. As experiências inaugurais do vídeo com a dança, portanto, são do campo do utilitário.


Num segundo momento, o vídeo deixa de ser apenas um meio de registro e reprodução e passa a ser parte componente de uma criação. As primeiras experiências nessa direção são atribuídas por pesquisadores da área principalmente ao coreógrafo Merce Cunningham. Sua primeira videodança foi Westbeth, produzida em estúdio pelo filmmaker Charles Atlas, no outono de 1974, e lançada em 1975. Estava inaugurada a parceria entre os dois artistas, que geraria muitas outras obras. Westbeth é uma colagem de seis partes e foi baseada na constatação de que a televisão muda o nosso modo de olhar e altera nossa sensação de tempo. A diferença da videodança para o registro de dança é quando o artista se apropria da mídia utilizada, a partir de seus (mídia) valores estéticos e poéticos. Nesse aspecto, o uso do vídeo passa a ser também artístico.


A videodança é um dos possíveis resultados da interferência da tecnologia no fazer artístico de dança. Podemos atribuir seu desenvolvimento a fatores relacionados à facilidade de acesso a artefatos técnicos como filmadora, computador e internet, provenientes do avanço tecnológico em nossos dias, ou ainda à interdisciplinaridade cada vez mais evidente entre diferentes lnguagens artísticas. No entanto, para que facilite a compreensão desse conceito, ainda em construção, será apresentado de forma introdutória, um estudo da pesquisadora Maíra Spanghero que classificou e delimitou a videodança em três tipos.


1. A videoarte surgiu quando Nam June Paik, em 1965, filmou a Comitiva Papal de dentro de um táxi na Quinta Avenida, em Nova York, e na mesma noite apresentou o vídeo como seu trabalho artístico num encontro no Cafe a-Go-Go. Informações adicionais: o vídeo surgiu em meados dos anos 60, a TV nos anos 50 e a TV em cores em 1968. (SPANGHERO, pág. 38, 2003)



Terminologias para videodança:

Segundo Spanghero, a terminologia engloba três tipos de prática: o registro em estúdio ou palco, a adaptação de uma coreografia preexistente para o audiovisual e as danças pensadas diretamente para a tela. O primeiro tipo de prática nada mais é do que a gravação da coreografia original com uma ou mais câmeras sem que esta sofra alterações significativas. A câmera guia o nosso olhar para ver melhor a coreografia, com detalhes e distâncias que não veríamos na platéia do teatro, mas não promove um outro pensamento além do registro. O segundo tipo de prática entre imagem e dança é a adaptação ou transdução de uma coreografia preexistente para outro meio, que é a captura da câmera e o ambiente do computador. A terceira forma de relacionar dança e imagem é chamada, em inglês, de screen choreography: são as danças concebidas especialmente para a projeção na tela. Esta prática implica a passagem da dança de um suporte para outro, como nos demais casos, mas concebida como um processo carregado de transformações que constroem novos conceitos. São danças criadas para o corpo do vídeo e para o olho que se habituou a conviver com televisão, vídeo e cinema.


"Como na prática anterior, o que interessa primordialmente é que a câmera dance com o
bailarino e que o bailarino se coloque no espaço e no tempo da câmera. No olhar da câmera.
Quando a dança é captada pelo olho da imagem, ela ganha uma outra existência. Na realidade,
este jogo adaptativo permite o florescimento de novas práticas para a dança e a modificação
do corpo."(SPANGHERO, pág. 38, 2003)


Expandindo esta classificação, há ainda outro tipo de prática que envolve o movimento do corpo e o audiovisual: danças que acontecem no palco com a presença de projeções, capturadas ou não em tempo real. Talvez a videocenografia e demais formas de relação entre o corpo que dança e as câmeras também constituam outras ocorrências, ou subsistemas, neste panorama.


Texto tirado tirado da Wikidanca


Vídeodanças:



One flat thing reproduced de William Forsythe:








Amelia de Edouard Lock:






quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Hoje tem lançamento do livro do ENDANÇA no Museu da República!



É hoje gente!
O lançamento do livro ENDANÇA 35 ANOS!
Quinta-feira, dia 20/08, agorinha, às 20h no Museu da República!


O livro conta parte importante da história da dança contemporânea em Brasília e no Brasil!!!







Para quem não conhece o EnDANÇA:

Criado em 1980, por Luís Mendonça e Márcia Duarte, em Brasília! O Grupo EnDança é um dos mais conhecidos e respeitados grupos de dança contemporânea do Brasil. Depois de um período crítico para o país esta nova geração da dança dedica-se às experimentações, à pesquisa de maneiras de expressar-se. Calcado na proposta de pesquisa do movimento, o EnDança traça seu caminho, extrapolando o território do Centro-Oeste e fazendo seu nome no Brasil.


Muito da base do grupo tem a ver com as influências de seu criador, Luís Mendonça, e da convivência e trabalho que ele desenvolveu por quatro anos com o bailarino tcheco Zdnek Hample. Investigações focam dança com ênfase nas possibilidades físicas do corpo em espaços não-convencionais. Começa-se a explorar então a exausatão, as sensações e através de laboratórios que focavam as experiências sensoriais, surgem vivências, reflexões e discussões que sustentam o trabalho do grupo.


As aulas, as experiências individuais dos bailarinos nos laboratórios, somavam-se para a criação da cena. Assim, Luís Mendonça, que assume a pesquisa focada na engenhosidade do movimento, somando os gestos cotidianos às experiências sensoriais, une-se à Márcia Duarte que por sua vez, trazia o feminino para a cena e seu interesse pela construção dramática.Juntos, constrõem os pilares que mantiveram o grupo por 15 anos.


Entre os integrantes destacam-se: Cristina Moura,  Giselle Rodrigues, Eveline Moura, Selma Alves, Viviane Rodrigues e Sérgio Pessanha (iluminador).

Saiba mais sobre a produção do grupo em: 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Hoje e amanhã tem dança no Festival Cena Contemporânea no Teatro da Caixa: D’Eux #2 e Gravitè (França)!


D’Eux #2 e Gravitè de Fabrice Lambert (França)

19 e 20 de agosto, às 21h
Teatro da Caixa
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)

TEMPO DE DURAÇÃO: 67 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos

Apresentação da performance D’Eux #2 (22 min) no hall do Teatro da CAIXA e, após intervalo de 20min, espetáculo Gravité (25 min), no palco do Teatro.







D’Eux #2 dá sequência aos questionamentos abordados por Fabrice Lambert em D’Eux, que ele apresentou no Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine-Saint Denis, em 2008. O artista inspira-se na obra de Malevitch – especialmente no quadro ‘Quadrado negro sobre fundo branco’ (1913-1915), que consagrou o artista como ícone da arte moderna – para trabalhar o tema da abstração. Utiliza o próprio corpo como matéria e cor, trabalhando o ton sur ton, numa dança que joga com a gravidade, brincando com a percepção e fazendo ressurgir, do corpo do intérprete, as energias que o colocam em movimento.




‘Gravité’ é, ao mesmo tempo, uma instalação e uma coreografia para um corpo apoiado sobre um plano de água de 5 m x 5 m. Luz e som se cruzam constantemente para revelar ao espectador os movimentos mínimos que ocorrem no corpo e na água, constituindo uma unidade, graças a um processo que produz uma imagem gráfica, sem recorrer a uma projeção de vídeo. Com o trabalho, Lambert provoca um sentimento quase hipnótico, de um homem que, parecendo estar imerso na água, caminha e se movimenta sobre ela.




FABRICE LAMBERT – Formado pelo Centre National de Danse Contemporaine d’Angers, funda, em 1996, L’Expérience Harmaat, junto com Yuha-Pekka Marsalo. Atua como intérprete em diferentes companhias até estruturar e assumir a direção de L’Expérience Harmaat, dentro da qual exerce seu trabalho de pesquisa e criação. O local funciona como cruzamento de projetos e linguagens, absorvendo a experiência sobre conceitos do movimento em diversas áreas, como artes plásticas, dança, música, engenharia etc.




D’Eux #2

Concepção e interpretação: Fabrice Lambert

Direção de luz: Ivan Mathis

Direção de som: Marek Havlicek

Produção e difusão: Olivier Stora

Produção: L’Expérience Harmaat

Fabrice Lambert esteve em residência no Centre National de la Danse, em parceria com o Département de la Seine-Saint-Denis. L’Expérience Harmaat é patrocinado por DRAC Île de France, Département de la Seine Saint-Denis e l’Institut Français para turnês internacionais.




Gravité

Concepção, dispositivo e interpretação: Fabrice Lambert

Dispositivo: Guillaume Cousin

Direção de luz: Ivan Mathis

Direção de som: Marek Havlicek

Produção: L’Expérience Harmaat

Coprodução: Le Manège, Scène Nationale de la Roche sur Yon, Scène Nationale de Reims, Festival Uzès Danse, com o apoio da direção regional de cultura da Île-de-France – Ministério da Cultura e da Comunicação da França.




OS ESPETÁCULOS SÃO APRESENTADOS COM APOIO DA EMBAIXADA DA FRANÇA









Veja mais sobre o festival: http://www.cenacontemporanea.com.br



domingo, 9 de agosto de 2015

Esta semana do dia 10/08 à 16/08 estarei no Rio fazendo um curso, mas vai ter aula normalmente!

Queridos alunos, durante esta semana  haverá aula normalmente enquanto vou ao Rio de Janeiro para acompanhar um festival de videodança: o Festival Dança em Foco e fazer o curso " Filmar para a edição; editar para a dança" com Simon Fildes. 

O  bailarino e ator Raoni Carricondo que dança na Companhia me substituirá nas aulas de inciantes. Nas aulas de intermediário/avançado ele junto com a bailarina Marcela Brasil (que dançou na Companhia por 10 anos) estarão conduzindo as atividades nas terça, quintas e sexta dessa semana! 

Não faltem, planejamos as atividades para dar continuidade ao que estamos desenvolvendo e  aproveitem as especificidades desses artistas que podem contribuir com outros conteúdos e metodologias pra sua formação! Nos encontramos semana que vem! Boa semana de aula!


Conheça o festival e o curso que vou fazer, acesse: www.dancaemfoco.com.br